BELÉM, PA - ETAPA 2020, DO OIAPOQUE AO CHUÍ DE BIKE
Atualizado: 11 de ago. de 2021
Passei uma noite turbulenta. Um vento forte pegava a balsa e sacudia pra todo lado. Acordei às 2h, abri os olhos e reparei em todas as redes balançando como um balé. Um vento e uma forte umidade vindas do rio, obrigaram-me a descer e ao convés e pegar meu saco de dormir. Naquele momento, alguns passageiros já levantados caminhavam em direção à proa para vomitar. Voltei rapidamente à rede e tentei dormir novamente com todo aquele sacolejo. Por sorte, havia evitado jantar justamente para não encarar um enjôo. As ondas permaneceram até a balsa entrar na baía de Belém por volta das 8h. Foram mais duas horas de barco até o porto, onde desembarquei depois de 24 horas de travessia pelo rio Amazonas.
Já no porto, Joena e Marielza, duas ciclistas de Belém me aguardavam em uma caminhonete. O calor era assustador. Assim que as vi, coloquei todo meu equipamento na caçamba da caminhonete e rumamos para um tour de carro por Belém. Paramos o carro na Estação das Docas, local moderno de frente ao rio com muitos restaurantes e bares. Depois rumamos a pé ao Mercado Ver-o-Peso. Lá, encontramos o ciclista de Belém Walber, quem conhecera via Instagram.
Combinamos os horários certos para a partida do dia seguinte e depois de almoçar, pedi para Marielza me deixar de carro na casa de Maiara e Rafael, um simpático casal de ciclistas e paulista que vive há tempos em Belém. Havia os conhecido também pelo Instagram e nosso encontro fora combinado há meses. Passei a restante de tarde e noite com eles. Tomei um bom banho depois de um dia sem e rumamos ao mercado para uma pequena compra para o dia seguinte.
Acabei dormindo tarde, mas finalizei tudo para recomeçar a minha jornada. Tinha o Pará pela frente, era hora de concentração nessa fase da jornada.
Comments