DIA #6: DEVENTER, HOLANDA, ETAPA 2019, EXTREMOS DO MUNDO
Atualizado: 19 de ago. de 2021
Vocês já notaram uma criança pequena reclamar que o tempo passa muito rápido? Não, né? Pois é, esse negócio de tempo é coisa de gente grande mesmo, de mim e de você. O grande detalhe de tudo isso é que a criança vive o presente intenso, sem se preocupar com passado e futuro, coisas existentes só para nós.
“O tempo voa” é coisa nossa. Na verdade, esse tempo nada mais é do que a percepção que criamos sobre ele. se faltam cinco minutos para terminar o jogo, passa mais rápido para o time que está perdendo e pode virar; meus devagar ao time até está prestes a ganhar.
A experiência da percepção do tempo que tive em Deventer foi fora de série. Tinha programado lesa parada de dois dias para encontrar e rever a Maggie e a Greet. Nada como brindar uma amizade selada na Patagônia.
Rodei 114 km a partir de Amsterdam para chegar aqui, depois de uma luta grande para toda a logística inicial funcionar.
Cheguei em Deventer moído. Parecia que tinha acabado a jornada e não que estaria prestes a começar. O corpo entendeu essa correria, pediu para parar. Realmente, não parece que fiquei dois dias aqui, parece que fiquei mais tempo. Hoje, a Maggie comentou-me: o tempo voou. Para mim não voou e na verdade, nem o senti.
A recepção das duas foi divina. Não sabiam o que fazer para me deixar à vontade. Hoje, tive uma aula de equipamento de camping, de cozinha, de aprendizado.
O corpo pediu para parar, mas a alma também. Tomei um banho de boas vibrações e definitivamente, eu me sinto pronto para a jornada à Nordkapp.
Amei Deventer, uma das cidades mais antigas da Holanda, não queria sair desse país, mas eu me sinto egoísta de dizer isso a mim mesmo. Nao importa se fiquei aqui por três noites, importa que senti Deventer e suas pessoas.
Toda partida é doída porque sofremos por algo que não estará mais presente. Aceitar a hora de partir é aceitar a vida. Adeus, Deventer!
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