ETAPA 8, PROJETO GIRAVENTURA 2020 - DO OIAPOQUE AO CHUÍ DE BIKE
Atualizado: 27 de jul. de 2021
Estava tudo programado para ir para a Islândia. Comprei as passagens em janeiro de 2020, tudo acertado, rota pronta, logística acertada. Entretanto não controlamos tudo o que queremos, ou melhor, só temos a doce ilusão que controlamos.
A #covid veio e virou nosso mundo de pernas para o ar. Fomos obrigados a nos adaptar de uma hora para outra, sem a chance sequer de pedir mais um tempinho. Assim como todos, aconteceram muitas coisas nesse período, perdi dois parentes próximos e vivi o desprazer de enterrá-los solitariamente na mesma vala, com uma diferença de apenas dez dias. Mesmo assim, até nas piores horas consegue-se extrair coisas boas. Terminei meu livro da etapa 7, Extremos do Mundo, que jamais teria feito caso não fosse o período em quarentena; isso foi uma conquista!
Muitas coisas pensei, mas principalmente dei valor a o que estava mais perto, às mãos.
A Islândia virou passado e, depois de muito refletir, troquei-a por uma rota pragmática: sair do Oiapoque, percorrer a Transbrasiliana e chegar ao extremo sul do Brasil, na cidade do Chuí, divisa com o Uruguai. A questão que já fica é o porquê dessa rota ou do Oiapoque se nem essa cidade o extremo norte do Brasil é? É simples, sonhei em percorrer o Amapá e acessar, por Macapá, uma das cidades mais incríveis e pouco divulgadas de nosso país: Afuá. Essa cidade paraense, construída sob palafitas, é o maior exemplo de mobilidade urbana do nosso país e um prêmio para o início de uma expedição de bike tão desafiadora de pelo interior do nosso país.
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