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Foto do escritorNestor Freire

DE VOLTA A MACAPÁ - ETAPA 2020, DO OIAPOQUE AO CHUÍ DE BIKE

Atualizado: 11 de ago. de 2021


Preparei meus equipamentos na noite anterior para sair às 4h da manhã. A ideia era alcançar Tartarugalzinho pedalando 2 horas a noite e mais 2 horas de dia, chegando no horário limite do Sol, 8 h da manhã. Tudo preparado, comprara dois isotônicos, preparei meus lanches a noite e deitei às 20 h.

Enquanto o sono não vinha, comecei a me sentir estranho, dando-me vontade de ir correndo ao banheiro. Aparentemente recuperado do princípio de desidratação do dia anterior, ocorreu-me uma disenteria. Preocupei-me, imaginando que fosse algo muito gorduroso que comera no almoço, que aliado ao calor, produziu-me uma ebulição interna que me conduzia ao vaso de meia em meia hora.


O tempo foi passando e o horário de acordar se aproximando, quando finalmente o relógio despertou às 3h da madrugada. Tinha uma hora para arrumar meus equipamentos e partir conforme havia programado. Decidi postergar em uma hora a minha saída, na esperança de uma melhora; nada! Às 5 h a diarreia continuava e foi então que decidi abortar a etapa. Fui melhorar um pouco às 6 h, já com o dia raiado e fraco por tudo o que acontecera a noite.


Ao mesmo tempo, não queria ficar pela terceira noite seguida na pousada. Era hora de partir.


Analisei todas as possibilidades e decidi cancelar os trechos finais até Macapá. Triste por um lado, havia ciclistas me esperando em Tartarugalzinho, mas optei pela minha integridade física.


Fui atrás de um transporte que levasse a mim e a bike direto a Macapá. Na mesa de café da manhã, um doutor desembargador, fazendeiro tinha uma caminhonete. Conversei com ele e perguntei se ele iria a Macapá e se por acaso poderia me levar. Por sorte, havia quatro pessoas no carro e uma vaga sobrando, era minha. Não deixou que o ajudasse no combustível e partimos de Amapá às 15h embaixo de um temporal.

A viagem até Macapá durou 6 horas, com direito uma parada em uma vila no centro-leste do Estado, de nome esquisito: Pracuúba.

Cheguei a Macapá à noite e o gentil desembargador Manoel e sua esposa Áurea, deixaram-me na BR 156 na altura do posto da polícia rodoviária federal. De lá, liguei para Gabriel que foi me buscar de carro com um outro amigo ciclista.


Já com a bike e meus equipamentos no carro, rumamos para um ponto de encontro de pedais noturnos de ciclistas de Macapá. Segundo meus amigos, alguns deles queriam me conhecer. Ao chegar no ponto, impressionei-me com a quantidade de bicicletas. Há tempos não via tantos grupos reunidos, parecia uma festa. Formamos um grupo para tirar uma foto comigo, senti-me lisonjeado pela recepção dos amapaenses.


Saímos em direção ao meu hotel, mas antes paramos para degustar nosso jantar, uma bela carne de sol. Já cansado, meus amigos deixaram-me no hotel em seguida.

Minha ideia era acordar cedo no dia seguinte para conhecer Afuá, na ilha de Marajó, a cidade brasileira das bicicletas.


Dormi bem!

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3 Comments


Marcelo Campos
Sep 16, 2020

É isso aí! Saber respeitar os limites, é sinal de sabedoria! Keep biking!

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Bom dia, acompanhando aqui de Rio do Sul SC. Com aquela inveja boa, em breve, acho que Abril de 2021, caio na estrada também no cominho inverso ao seu. Boas pedaladas, sempre em frente.

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Eliane Ushijima
Sep 16, 2020

Oi Ju,

Espero que você esteja melhor. A comida por aí deve ser muito pesada e temperada. Seu estômago paulista não está acostumado. Que legal essa recepção dos Amapaenses... pra guardar no coração ❤️

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