TRAFFIC CALMING
Em 1970, surge uma técnica de acomodação do tráfego de forma a respeitar o meio ambiente, o chamado Traffic Calming.
Cada vez mais carros nas ruas, vias públicas que não tem para onde serem ampliadas, uso e ocupação do solo no limite. Uma constatação diante de perguntas que muita gente já se fez, faz ou vai fazer: onde isso vai parar? Será que tem como acalmar o trânsito?
Traffic calming, como a tradução sugere, são medidas para acalmar o tráfego. Medidas construtivas em vez da constrição legal. O professor e gestor de trânsito Celso Franco afirma que tais medidas surgiram na Inglaterra, por Sir Alker Tripp, e tratam-se de medidas planejadas com colocação de redutores físicos de velocidade em vez de lombadas eletrônicas e pardais.
Na Alemanha, as medidas de traffic calming são combinadas com o aumento das áreas de pedestres nos centros das cidades e com um trabalho de formação de uma cultura voltada para a valorização das pessoas e não dos carros, e de uma plataforma cultural voltada para o respeito às questões ambientais.
Na Holanda, foram os engenheiros de tráfego e os profissionais envolvidos no planejamento das cidades que desenvolveram esse conceito aliado a um conceito de bem-estar que inclui as condições das vias próximas às residências. Desenvolveu-se também na Holanda o conceito dos woonerf, que são os pátios residenciais em que a velocidade dos carros se dá em função do passo humano, sem separação entre pista e calçada. Pontos de encontro entre pessoas, com recreação, área de lazer, com suporte ao tráfego, mas sem tráfego de passagem.
As medidas de traffic calming incluem as técnicas tradicionais de engenharia, mas também medidas combinadas para reduzir a velocidade dos veículos e criar um ambiente que induza à direção segura.
As principais medidas de redução de velocidade dos carros são as deflexões verticais e horizontais na pista, rotatórias, redução do raio de giro, a regulamentação de prioridades e as marcas viárias, combinadas com medidas de apoio. São elas: largura ótica, estreitamento de pista, faixas de alinhamento, superfícies diferenciadas, entradas e portais e ilhas centrais. Incluem a criação de espaços compartilhados, ilhas e calçadas, mobiliário e iluminação, medidas de paisagismo e regulamentação.
A colocação desses dispositivos para acalmar o tráfego levam em conta a circulação e a segurança humana, mas também as características das vias para a escolha do melhor dispositivo, combinado com sinalização luminosa e sonora para avisar o motorista de que se trata de uma área de velocidade reduzida.
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*Texto adaptado de Portal do Trânsito e Mobilidade
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